Olá meninas e meninos, tudo bem com vocês?! Então, no post de hoje quero explicitar uma questão bem importante quando o assunto são óleos essenciais e suas aplicações terapêuticas que é ... “a variação química que óleos essenciais distintos (porém extraídos da mesma espécie de planta) podem sofrer e como essas distinções podem delimitar as suas formas de uso." Vamos juntos?! Para começar... Você sabe o que é o quimiotipo ou raça química de um óleo essencial?É engraçado que normalmente quando começamos a aprender sobre aromaterapia e óleos essenciais em tratamentos, vemos sobre suas formas de uso, indicações, contra-indicações e precauções, mas carecemos de fontes de estudo mais preciso de suas composições químicas e como entender essas variações na prática. Óleos essenciais são formados por componentes químicos complexos e com propriedades diferentes. Diferentes espécies de plantas produzem vários tipos de óleos essenciais... Mas a mesma espécie de uma planta pode produzir diferentes quimiotipos. Ou seja, óleos essenciais extraídos de uma mesma espécie, porém com propriedades terapêuticas distintas, devido a presença de componentes químicos diferentes. Quando isso acontece classificamos, comercializamos e devemos aprender a utilizar esses óleos tendo em vista seus diferentes quimiotipos. Nota: Nunca compre óleos essenciais sintéticos, certifique-se que são naturais, puros e não diluídos. Vejamos o Exemplo do Alecrim (Rosmarinus Officinalis): Óleo Essencial de Alecrim Cânfora -> Rosmarinus Officinalis qt Cânfora. É utilizado a abreviatura Qt seguido pelo componente químico que compõe o quimiotipo particular. Você já sabe que quimiotipos de óleos essenciais são extraídos de plantas que pertencem ao mesmo gênero e espécie, a diferença está na composição interna de uma planta para outra. Mas, talvez esteja se perguntando o motivo que leva essas diferentes constituições químicas surgirem em uma determinada planta (ou em seu óleo essencial) ... Plantas produzem quimiotipos diferentes por várias razões... Nota: Óleos essenciais se oxidam em contato com a luz. Opte sempre por aqueles comercializados em embalagens de vidro âmbar! Quimiotipos estão presentes em plantas silvestres e plantas cultivadas, devido a várias necessidades de adaptação que a mesma pode sofrer. Alguns fatores que podem alterar a composição química de óleos essenciais com quimiotipos são: - espécies de plantas silvestres com polinização cruzada; - altitude do local onde a planta é cultivada; - as condições de crescimento da planta; - clima da região e outros fatores ambientais; - época de colheita; - método de extração do óleo essencial; - fração de destilação, etc. Muitas plantas produzem óleos essenciais com composições químicas totalmente diferentes entre si, com variações que vão de 1 a 90% entre seus principais princípios ativos. Ou seja, propriedades terapêuticas totalmente distintas. Como já dito anteriormente, normalmente aprendemos apenas sobre as indicações dos óleos essenciais sem aprender sobre suas variações químicas que podem influir em efeitos antagônicos em um mesmo óleo essencial, passando de hipotensor a hipertensor, de calmante a estimulante, e assim por diante... Veja abaixo alguns exemplos de plantas que possuem óleos essenciais com quimiotipos diferentes:- Alecrim (Rosmarinus Officinalis): cânfora, cineol e verbenona. -Tomilho (Thymus Vulgaris): timol, linalol, carvacrol, thujanol-4, geraniol e terpineol. Manjericão (Ocimum Basilicum): eugenol, linalol e estragol. Salvia (Salvia Officinalis): cineol e tujona. Tea Tree (Melaleuca Alternifolia): terpinen-4, cineol, terpinoleno. *ENTRE OUTROS* É importante ressaltar que nem todas as plantas produzem quimiotipos diferentes, mas óleos essenciais de uma mesma planta podem sim conter uma composição química ligeiramente diferente. Só é possível produzir lotes de óleos essenciais com uma composição identifica com óleos sinteticamente reconstituídos, mas que não são recomendados para uso terapêutico em aromaterapia. Para finalizar, não adianta apenas o óleo ser chamado de puro, natural ou orgânico se não se sabe de sua composição química... É necessário ter acesso a cromatografia dos óleos essenciais para entender suas várias químicas, verificar sua qualidade e potencial de suas indicações. SUGESTÃO DE LEITURA: MISTURA AROMÁTICA DE ÓLEOS ESSENCIAIS Beijos, Cruda!
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