Como fazer shampoo caseiro 100% natural e vegano

Você é do tipo de pessoa que passa horas escolhendo seu shampoo na sessão de cosméticos a fim de obter um cabelo bonito e sedoso mas tudo o que consegue é estragar mais seus fios? Você fica desesperada, volta ao supermercado em busca de um shampoo de outra marca, aquele que você viu no comercial, prometendo cabelos lindos? Você compra e leva pra casa achando que vai solucionar seus problemas, porém mais uma vez o resultado não era bem o que você esperava... Você já utilizou todas as marcas de shampoo disponíveis no mercado, com várias fórmulas químicas diferentes e seu cabelo continua apresentando sinais de maus tratos? Essa saga parece um ciclo sem fim e você já está cansada de agredir seu cabelo?  Não se desespere, tenho a solução para você! 

VOCÊ ACHA QUE É NATURAL USAR SHAMPOO?

​Primeiramente vamos pensar....Quem foi que nos enganou a respeito do uso do shampoo? Será que existe mesmo necessidade ou obrigatoriedade no uso do shampoo? O que você acha? Você já viu um índio com aqueles cabelos lindos e sedosos utilizarem qualquer substância para limpa-los e mantê-los bonitos sempre? Se formos mais a fundo e olharmos os animais na natureza veremos que nenhum deles aplicam qualquer tipo de substância em sua pelagem e mesmo assim não deixam de ser lindos dentro do reino animal. Ou será que os leões usam algum produto para cuidar de suas belas franjas? Acho que não...

HISTÓRIA DO SHAMPOO

As primeiras formas de shampoo surgiram na Europa, em meados do século XIX, sendo preparados a partir de uma mistura de sabão e água com algumas ervas, visando trazer saúde aos cabelos além de mantê-los perfumados. Diferentemente, hoje, vemos milhares de marcas e cores quando o assunto é shampoo expostas nas prateleiras de quase todos os tipos de estabelecimentos comerciais. E assim como outros produtos industriais, nos prometem mil e um resultados satisfatórios a partir do seu uso continuado.

O QUE ACONTECE QUANDO USAMOS SHAMPOO?

Nós todos precisamos ter consciência que se qualquer substancia nociva ao corpo entra em contato com a nossa pele, vão ser absorvidas diretamente na corrente sanguínea, sem qualquer tipo de filtragem, podendo chegar a órgãos vitais e afetá-los das mais variadas formas. Você já pensou por exemplo por que motivo seus olhos ardem se você derramar sem querer shampoo neles? Substâncias químicas reagindo contra sua biologia...
É muito fácil e cômodo comprar o seu “produto anticaspas”, “para cabelos secos”, “cacheados”, “lisos”... e por aí vai. Mas quantas pessoas estão interessadas em pesquisar e entender cada uma das substâncias presentes na composição dessas soluções milagrosas e quais os impactos das mesmas sobre o corpo e quais os impactos de seu contato com o ambiente, e outros animais? 

Nós já sabemos que a indústria não se preocupa com qualquer um de nós, pensar diferente disso, é ser extremamente ingênuo ou tapar os olhos para não encarar verdades. Todos os dias novas substâncias nocivas e tóxicas para a nossa biologia são adicionadas aos produtos que consumimos, e quando se trata de cosméticos, a falta de informação e iniciativa por parte das pessoas em entender o que estão levando para casa e utilizando em seus corpos, faz com que os fabricante façam o uso de elementos tóxicos de forma descriminada, com tanto que possam baratear seus produtos, além do mais existe um grande sistema por trás deles com um único propósito: nos ver doentes.

SUBSTÂNCIAS COMUMENTE ENCONTRADAS EM SHAMPOOS

SULFATOS
Exemplo: Lauril Sulfato de Sódio
Lauril Sulfato de Sódio é um detergente de baixo custo e surfactante, geralmente utilizado em shampoos, pasta de dente, sabonetes e etc. Segundo o colégio americano de toxicologia ele penetra no organismo através da pele e pode permanecer no organismo por até 5 dias, deixando seus resíduos em vários órgãos, como coração, fígado, pulmões, etc. 
Além disso, algumas pesquisas evidenciam a presença de substâncias cancerígenas em muitos sulfatos, como por exemplo o dioxane, que também é um grande responsável por danos causados aos olhos e o sistema respiratório, assim como sistema nervoso.

PARABENOS
Os tipos mais comuns de parabenos são o metilparabeno, o propilparabeno, o etilparabeno e o butilparabeno. Os parabenos são normalmente utilizados pela indústria para os produtos cosméticos. A alguns anos foram diagnosticados como xenoestrogênios, ou seja, agentes causam alterações hormonais no corpo, pois imitam a ação do hormônio estrogênio. Além disso, são suspeitos de auxiliar o aparecimento tumores e alguns casos de câncer, principalmente o câncer de mama. Causam interferência direta sobre o sistema endócrino de humanos e animais.

FRAGRÂNCIA
Não existe problema quando as fragrâncias utilizadas nos shampoos são obtidas a partir de óleos essenciais, porém, normalmente não vemos nada mais específico do que o termo “fragrância” nos rótulos dos produtos. Isso acontece porque as indústrias utilizam produtos químicos secretos ditos integrantes de seus “segredos ou fórmula de fábrica”, com essas receitas secretas deixam o consumidor totalmente cego quanto ao que está consumindo.

TRICOSAN
Presente em uma infinidade de produtos domésticos, o Tricosan é uma substância utilizada como anti-séptica. Porém estudos feitos em laboratório com células musculares isoladas e com ratos e peixes vivos demonstrou que quantidades de Tricosan proporcionais as encontradas nos produtos cosméticos e consumidas pelas pessoas diariamente enfraquece essas células. É suspeito de induzir o cancro no fígado e reduzir a frequência cardíaca.

POLIETILENOGLICOL
É à base de petróleo utilizado para criar texturas cremosas. É considerado tóxico e pode interferir no desenvolvimento humano, e também contém dioxane, substância cancerígena.

Além de utilizados em produtos cosméticos para adultos, como no caso dos shampoos, essas substancias podem ser facilmente encontradas em produtos infantis ou mesmo para gestantes, estando em contato com o ser humano desde sua primeira forma de vida, interferindo em vários processos no corpo e auxiliando o aparecimento de doenças.

MUDANÇA DE PLANOS

Você mesmo pode fazer um teste, escolha um produto, e pesquise sobre sua composição, seus efeitos sobre o corpo, seus impactos ecológicos, etc. Estamos na era da informação, não seja enganado, não aceite respostas prontas, pesquise, faça experimentos, descubra novas práticas e mude.
Eu gosto de acreditar que as pessoas estão mudando, e que pensar assim impulsiona as pessoas que estão abertas a ter contato com novas formas de informação, que estão dispostas a viver de forma saudável e expandir cada vez mais o seu estado de consciência quanto a suas práticas, inseridas em uma perspectiva harmônica de preservação pelo todo.

É muito fácil vermos o surgimento de movimentos como “No Poo”, que prega sobre a importância de deixar de utilizar produtos industrializados nos cabelos, fazendo com que os adeptos do movimento utilizem uma mistura de bicarbonato de sódio (serve como substituto para a ação detergente do shampoo) e vinagre (regula o PH que ficou mais básico após a adição do sal no couro cabeludo) para lavar os fios; ou “Low Poo”, onde a busca por shampoos sem sulfatos leva os adeptos a utilizar shampoos orgânicos ou veganos. O próprio movimento vegano tem envolvido as pessoas nesse tipo de mudança.
Sem dúvida muitas pessoas estão acordando e vão acordar nos próximos anos quanto ao peso que suas vidas podem estar trazendo para um planeta como um todo, e voltando em forma de impactos em suas próprias vidas. Mais do que um movimento, temos que nos experimentar e buscar sempre a evolução de nossas práticas, lembrando-se sempre que todos somos um, e que tudo que soltamos ao universo um dia retornará até nós. É importante carregarmos essa consciência e optarmos sempre pela não agressão de qualquer parte do planeta ou do cosmos.

Agora o mais impressionante! É possível ter um cabelo bonito e saudável utilizando apenas água durante a lavagem! Isso mesmo! O problema maior é que o nosso cabelo se tornou dependente de químicos fortíssimos o que faz com que a maioria das pessoas prefiram passar por um estágio de transição até chegar o estágio de habituar-se apenas com água.
Esses produtos químicos quando utilizados regularmente fazem com que o cabelo perca a sua oleosidade natural, em resposta o organismo aumenta a produção de óleo. Logo quando deixamos de utilizar os produtos da indústria nos cabelos podemos perceber o estrago deixado pela dependência deles, e principalmente a produção de óleo exacerbada fazendo com que tenhamos de lavar os cabelos mais vezes neste processo de transição. A melhor opção então, é recomendável o uso de shampoos naturais, preferencialmente caseiros ou de boa procedência, feitos com ervas, plantas saponinas, ou mesmo com o caroço de um abacate, até que você se sinta pronto a começar a lavagem com água.
Para quem já está apto a começar a utilizar apenas água em seus cabelos, como já é o meu caso, recomendo que não lave em água com cloro, pois é agressivo, optando por água de poço ou mesmo um belo banho de mar ou de rio, sendo este último, para mim, o mais eficiente para levar as impurezas embora e deixar o cabelo com aspecto natural.

SHAMPOO CASEIRO 100% NATURAL E VEGANO

A seguir vocês podem encontrar duas maneiras naturais, veganas e caseiras para limpar os fios que vão auxiliar vocês neste processo de mudança! 

1 OPÇÃO - Para lavar os cabelos conforme o movimento No Poo você deve usar uma proporção de: 
Bicarbonato de sódio- 1 colher de chá para 3 colheres de sopa de água;
Vinagre – 1 colher de chá para 2 xícaras de água.

​​2 OPÇÃO – Lavar os cabelos com um shampoo caseiro, vegano e orgânico.
Você vai precisar de:
3 sementes de abacate lavadas e secas;
6 copos de água.

Modo de fazer: Rale as sementes em um ralador comum. É normal que elas fiquem alaranjadas. Coloque-as em uma panela de vidro e adicione a água. Deixe ferver por cerca de 20 a 30 minutos. Desligue o fogo e espere esfriar. Em seguida coe com um coador ou um tecido voil. A mistura rende cerca de 700ml. Caso você queira deixar o cheiro do shampoo mais suave pode adicionar 5 ml de um óleo essencial de sua preferência. Despeje em um recipiente com tampa e conserve na geladeira para uma duração mais longa. Normalmente é possível conserva-lo por até uma semana.

Beijos, Maryáh Eduarda Rocha
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